01/10: O dia do Idoso!
Se tornou comum, filhos abandonarem seus pais em asilos, quando eles estão dando “trabalho”. Esquecendo quem no passado deu o sangue, o suor e a vida por eles.
Nesse dia do Idoso e cuidando da sua mãezinha (Iradete Marques) o poeta e produtor cultural, mandou essas Estrofes nas redes sociais em apelo aos filhos ingratos e finalizou o verso dizendo:
(A lei do retorno vem!)
A mão que balança o berço
Desde a sua tenra idade
Merece a sua atenção
Você conhece a bondade…
Abrace e seja feliz
Escute uma voz que diz:
Seja um filho de VERDADE!
Não pense que é caridade
Abraçar quem lhe abraçou
Deu papa, mingau e leite
Quando a fome lhe abordou
Deu remédio e deu meizinha
Na madrugada inteirinha
Com seu choro ela acordou.
Sei que nunca reclamou
Das noites que não dormiu
Balançou você na rede
Deu chá caseiro e pediu
Pra Deus do céu lhe ajudar
Pra você não reclamar
Isso você nunca viu!
O problema que surgiu
Na sua vida foi dela
Ela tudo dava um jeito
Resolver era com ela
Ia dentro do seu ninho
Retirava todo espinho
Da flor que morava nela!
A sua vida era a dela
Vivia pra trabalhar
Os sonhos da sua mente
Era ver você sonhar
Deu de presente uma bola
Mas lhe botou na escola
Pra ver você prosperar!
E o tempo veio a passar
Passando problemas vêm
Você caminha isolado
Às vezes vivendo bem
Esquecendo quem na vida
Fez calo e abriu ferida
Pra dar o que você tem!
Mas, tudo vai, tudo vem
O presente contraria
O que o pensamento dela
Nunca imaginaria
Estar assim precisando
E ver seu filho afirmando
Que um asilo bastaria…
Como quem não desistia
Lembrando assim seu passado…
Toda noite mal dormida
E todo choro embalado
Vivendo sem ter guarida
E num asilo esquecida
Chora o leite derramado!
É triste ser relatado
Mas é preciso escrever
Para alertar os filhos
O que se deve fazer!
Cuidar de quem lhe gerou
Quem deu comida, cuidou…
Não merece padecer!
Ela precisa viver
Com carinho e atenção
Receber o seu cuidado
Procurando a solução!
Nunca ser um filho ausente
Retribuir, ser presente
Dando amor e proteção!
Nesse verso em comoção
Relato o que acontece
A mão que balança o berço
Sempre no final padece
Vendo assim seu filho ingrato
Cuspindo e jogando o prato
Sem abraçar quem merece!
Mas, isso só acontece
Com quem a treva seduz
Quem desconhece a verdade
Vive à sombra de uma LUZ
Não conhece a alegria
De retribuir um dia
A quem lhe mostrou JESUS!
A minha o amor conduz
Com satisfação eu faço
Cuido dela todo dia
Enfrento todo embaraço
Jamais me falta empatia
E seria covardia
Negar-lhe: Beijo e abraço!
Nesse verso vou e faço
Um apelo pra o seu bem
Abrace a sua mãezinha
Dê o amor que’la não tem
Do asilo tire ela
Do contrário espere nela
Que a Lei do retorno vem!
IRANILDO MARQUES
POETA E PRODUTOR CULTURAL
SERRA TALHADA-PE.