Governadora e prefeito se movimentam: Raquel mostra números da segurança e João tenta reposicionar o PSB
A movimentação política em Pernambuco já dá sinais claros de que a disputa de 2026 será polarizada entre a governadora Raquel Lyra (PSDB), que tentará a reeleição, e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), nome consolidado como potencial candidato ao Palácio do Campo das Princesas.
Raquel, após cumprir agendas no Sertão do Pajeú, incluindo passagem por São José do Egito, intensifica sua narrativa de que “o jogo virou”, apostando em resultados na área de segurança pública. Ontem (1º), participou da aula inaugural do curso de formação da segunda turma de aprovados no concurso do Corpo de Bombeiros, que conta com 322 homens e mulheres. Desde o início do governo, já foram formados 298 praças, e mais de 60 cadetes seguem em formação.
A governadora tem sustentado que o programa Juntos pela Segurança garantiu os maiores investimentos da história do Estado no setor, com destaque para o concurso que vai colocar sete mil novos agentes nas ruas até meados de 2026. Os números recentes também são utilizados como trunfo político: setembro fechou como o segundo melhor mês da série histórica na redução de homicídios, confirmando 17 meses consecutivos de queda nos índices de violência.
Enquanto isso, João Campos iniciou a semana em Brasília, onde exerce seu papel como presidente nacional do PSB. Após a crise de imagem provocada pela votação da chamada “PEC da Blindagem”, que ficou marcada nacionalmente como “PEC da Bandidagem” e contou com apoio dos cinco deputados federais do PSB de Pernambuco, João busca reposicionar o partido. O prefeito destacou como prioridade a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a redução progressiva para rendimentos de até R$ 7.350.
A aposta do socialista é apresentar-se como liderança nacional capaz de defender pautas de impacto direto para os brasileiros, tentando afastar a repercussão negativa da PEC e consolidar sua imagem de gestor moderno, que alia discurso social a articulação política.
Com agendas distintas, Raquel Lyra se ancora na pauta da segurança pública para mostrar resultados de governo, enquanto João Campos tenta transformar a crise do partido em oportunidade de reforçar seu protagonismo político. O embate entre os dois já começa a ganhar forma, mesmo faltando um ano para a largada oficial da corrida eleitoral de 2026.
DO Júnior Campos