Jovem de Serra Talhada troca oficina mecânica por guerra e mostra cotidiano no front ucraniano
Sem ter servido ao Exército Brasileiro, ele conta que o interesse surgiu acompanhando notícias e vídeos sobre o conflito desde o início, em 2022. Para se alistar, inscreveu-se em um site, passou por entrevistas, testes físicos e uma investigação social, até receber a carta-convite para viajar. “Sempre gostei de militarismo, esse foi um dos motivos. O outro é pelo que a Rússia vem fazendo, atacando cidades e matando muitos civis”, disse ao g1.
No Instagram, onde soma mais de 33 mil seguidores, João publica registros da rotina no front. Na bio, aparecem uma referências à cidade natal (Serra Talhada), a expressão ucraniana “Slava Ukraini” (“Glória à Ucrânia”) e a identificação como integrante da Infantaria de Fuzileiros Navais do Exército Ucraniano. Um emoji de caveira, segundo ele, representa seu nome de guerra: “Cavêra”.
Entre o barulho de tiros e explosões, João também grava os próprios movimentos. Em alguns vídeos, segura o fuzil com uma mão e o celular com a outra. A guerra, explica, não tem rotina: um dia pode significar algumas horas de descanso; no outro, chega uma ordem inesperada de partir para uma nova missão.
Do Júnior Campos

