REPERCUSSÃO Antes da decisão do TRE, Manoel Messias relatou preconceito e disse que desacreditaram de sua capacidade
Antes da decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) que cassou os mandatos do prefeito de Custódia, Manoel Messias, e da vice-prefeita, o então gestor concedeu entrevista ao blogueiro Júnior Finfa, na qual fez um relato pessoal sobre sua trajetória política e administrativa, mencionando episódios de preconceito e superação.
Na declaração, Manoel Messias afirmou que, ao ser convidado para assumir uma pasta no governo municipal, enfrentou resistência e comentários negativos. Segundo ele, havia quem dissesse que não teria condições de comandar a secretaria por ser “preto e pobre”.
“Diziam que eu não ia dar conta daquela pasta. Mas Macuca me chamou, botou a pasta e a caneta na mesa e disse que sabia que eu era capaz”, relatou. A partir daí, segundo Messias, decidiu se dedicar intensamente ao trabalho. “Arregacei as mangas e botei para trabalhar”, afirmou.
Ainda na entrevista, concedida antes do julgamento no TRE-PE, Manoel Messias disse que, em poucos meses, o discurso dentro da gestão mudou. Ele passou a ser apontado, segundo suas palavras, como uma das escolhas mais acertadas do então prefeito para o secretariado, especialmente pelo desempenho à frente da Secretaria de Obras.
Messias afirmou que permaneceu quatro anos no cargo e que o reconhecimento pelo trabalho o incentivou a entrar na vida eleitoral. De acordo com o relato, ele procurou Manuca para discutir a possibilidade de disputar uma vaga na Câmara Municipal e recebeu apoio para seguir com o projeto político.
Do Júnior Campos
