Sob gestão de Márcia (PT), Serra Talhada fecha 2024 sem caixa e dependente de repasses, aponta Firjan
A nova edição do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) aponta que, na média, os municípios pernambucanos terminaram o ano de 2024 com uma situação fiscal difícil. O IFGF médio do estado alcançou 0,5081 ponto, 22,2% abaixo da média nacional (0,6531 pontos). De todos os municípios do estado analisados, 123 prefeituras (67,6%) encerraram 2024 com situação fiscal crítica ou difícil. Apesar do panorama desfavorável, 51 cidades (28,0%) terminaram o ano com boa situação fiscal, enquanto apenas oito (4,4%) apresentaram uma excelente gestão fiscal.
No caso de Serra Talhada, administrada pela prefeita Márcia Conrado (PT), o levantamento exclusivo feito pelo o blog Júnior Campos, mostra que o município terminou 2024 com IFGF de 0,5043 ponto, enquadrado na faixa de gestão em dificuldade. No ranking estadual, a Capital do Xaxado, aparece na 94ª posição entre as cidades pernambucanas avaliadas e na 3.983ª colocação nacional.
A análise por indicadores revela contrastes importantes:
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Gastos com Pessoal: nota 0,8720, configurando boa gestão nessa área;
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Investimentos: índice de 0,7223, também dentro da faixa de boa gestão;
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Autonomia: apenas 0,4227, o que significa que a cidade não consegue bancar sozinha suas despesas básicas de funcionamento, dependendo fortemente de repasses externos, como transferências estaduais e federais;
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Liquidez: zerada (0,0000), revelando que o município terminou o exercício sem caixa disponível para quitar as obrigações financeiras de curto prazo; situação que expõe risco imediato de desequilíbrio nas contas públicas.


Na prática, os números mostram que, embora Serra Talhada tenha obtido desempenho positivo em despesas com pessoal e investimentos, a baixa autonomia fiscal e a total ausência de liquidez acabaram comprometendo o resultado geral, mantendo o município em uma condição considerada difícil pela Firjan.
