Brasil liderou ranking global de incêndios em 2024

Da Veja – O ano mais quente da história das medições também foi o mais problemático ambientalmente. Dados do Laboratório GLAD da Universidade de Maryland, disponibilizados na plataforma Global Forest Watch (GFW) do World Resources Institute (WRI), indicam que, pela primeira vez, o agronegócio não surgiu como principal responsável pelas baixas florestais, como acontece recorrentemente. Os incêndios causaram a destruição de matas nativas em uma extensão que corresponde em área ao território do Panamá. Nesse processo global, o Brasil liderou o ranking de incêndios, sendo responsável por 40% da perda das florestas que viraram cinzas. Isso marca uma mudança drástica em relação aos anos recentes, quando os incêndios representavam em média apenas 20%.

Outra surpresa trazida pelos dados: pela primeira vez desde o início dos registros do GFW, grandes incêndios ocorreram tanto nos trópicos como nas florestas boreais. O aquecimento foi generalizado e o fogo idem. As intensas temporadas de incêndios no Canadá e na Rússia contribuíram para o crescimento de 5% na área de cobertura florestal perdida em 2024. Especificamente o Brasil, os dois terços da perda de cobertura nativa (66%) foram causados pelos focos de fogo provocados pela pior seca já registrada —um aumento de mais de seis vezes em relação a 2023.

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