Fator psicológico e não negacionismo foi a causa de não vacinação de radialista que morreu na PB, diz família
O caso do radialista paraibano que não se vacinou contra a Covid-19 noticiado por sites paraibanos e reproduzido aqui gerou ampla repercussão.
A notícia, do Portal 25 Horas, replicada pelo Mais Paraíba, sugeria que Roberto Walkasther, que faleceu ontem em João Pessoa, em decorrência de complicações da doença, era anti-vacinas. Covid-19.
“De acordo com informações noticiadas em emissoras de rádio de Guarabira, nesta segunda-feira (7), Roberto decidiu não se vacinar contra a Covid, foi infectado, e em razão da agressividade dos sintomas, não resistiu e acabou perdendo a vida. O sepultamento ocorreu em Guarabira”.
Segundo a família em nota, fatores emocionais, psicológicos, e não negacionismo, determinaram a não vacinação. “A familía de Roberto Walkasther informa que diferentemente do que foi noticiado, Roberto Walkasther nunca havia decidido não se vacinar.
Segundo eles, Roberto tinha um histórico desde criança de fobia a agulha e a hospitais. O fator piscológico foi o que estava impedindo ele de se vacinar, não o negacionismo como muitos comentaram após ler essa notícia.
“Sua esposa veio de Brasília e estava fazendo ele passar por um processo de convencimento para tomar a vacina, e ele estava quase se convencendo a se imunizar, atitude contrária do que foi mostrada na matéria que noticiava seu falecimento”, diz, referência á informação repassada pelos sites.
“O mesmo jamais foi contra as vacinas e nunca declarou isso, até apoiava a imunização”. Era católico e todas as vezes que perguntavam a ele a respeito das vacinas, ele sempre respondia que os dois papas se vacinaram e o Papa Francisco recomenda a se vacinar. “Então eu não tenho nada contra”.
Roberto ainda tinha comorbidades, diabetes, obesidade e hipertensão, doenças que o tornaram mais vulnerável ao vírus. “Quando ele ficava doente ou tinha alteração na glicemia ou na pressão, nunca procurava hospitais para se tratar. Usava chás naturais junto com frutas, legumes e verduras como tratamento. Sempre se recuperava”.
A família rechaça acusações e comentários nas redes de que seria “negacionista”, “ignorante”, “gado” ou “bolsominion”. Afirma que esses comentários machucaram muito. “São seres humanos que estão perdendo na batalha contra a covid. Não existe ato mais desumano e anticristão, do que desejar a morte do próximo, ao tempo em que agradecemos pela homenagem feita ao Roberto Walkasther”. Do Nill Júnior