Mais dois casos suspeitos de varíola dos macacos são registrados em Pernambuco

Ao todo, Secretaria estadual de Saúde já notificou 11 casos, sendo três deles já confirmados e oito que seguem em investigação.

Varíola dos macacos é semelhante à varíola que já foi erradicada, mas menos severa e menos infecciosa — Foto: Science Photo Library

A Secretaria de Saúde de Pernambuco registrou, neste domingo (24), mais dois casos suspeitos de pessoas com monkeypox, doença conhecida como varíola dos macacos. Com isso, o estado totaliza 11 notificações, sendo três delas já confirmadas. As outras oito, incluindo as duas mais recentes, seguem em investigação.

A varíola dos macacos foi declarada emergência global em saúde pela Organização Mundial em Saúde (OMS) no sábado (23). Mais de 16 mil casos da doença já foram relatados em 75 países, com ao menos cinco mortes, segundo a OMS.

Os dois novos casos suspeitos em Pernambuco são homens, um morador de Paulista e o outro do Recife. Segundo a secretaria, um deles tem histórico de viagem para local com circulação do vírus e o segundo relatou contato com outro caso suspeito. Um dos pacientes está internado em uma unidade de saúde particular e o outro cumpre isolamento domiciliar.

Os três pacientes com confirmação laboratorial para a doença estiveram em locais fora do estado que já confirmaram transmissão da doença, segundo o governo. Em nota, o estado disse que “ainda não registra transmissão local”.

O primeiro caso confirmado foi importado, envolvendo um morador de São Paulo. O homem saiu de Guarulhos para passar uma temporada no Grande Recife.

Os outros dois casos confirmados, sendo um morador de Jaboatão e outro da capital pernambucana, houve infecção em viagens para locais com circulação do vírus.

Os casos em investigação envolvem pessoas que moram nas seguintes cidades: Recife (4), Jaboatão dos Guararapes (1), Abreu e Lima (1), Paulista (1), além do Rio de Janeiro (1).

As amostras coletadas estão sendo encaminhadas para o Laboratório de Enterovírus da Fiocruz/RJ, referência para o diagnóstico da Monkeypox, e para o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE).

Em junho, a Secretaria Estadual de Saúde emitiu nota técnica para os serviços de saúde sobre as diretrizes a serem adotadas para vigilância da doença.

Formas de transmissão

Apesar do nome, a doença viral não tem origem nos macacos. Apenas foi identificada pela primeira vez nesses animais. A transmissão pode ocorrer através do contato com animal ou humano infectado (veja vídeo acima).

O contágio entre humanos ocorre por meio do contato direto com secreções respiratórias, lesões na pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, ou a partir do contato com superfície ou objetos recentemente contaminados.

A varíola dos macacos pode ser transmitida por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados

Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.

Pode ocorre transmissão de pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença.

Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar por meio de sêmen ou fluidos vaginais. Também pode haver transmissão das seguintes formas:

  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Conheça os sintomas

A varíola dos macacos foi notificada pela primeira vez em 1970 — Foto: CDC

Os principais sintomas da varíola dos macacos são:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dores musculares
  • Dor nas costas
  • Gânglios (linfonodos) inchados
  • Calafrios
  • Exaustão

 

Como se proteger

O uso de máscaras, distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.

G1

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