Presidente da Câmara, Hugo Motta, pede afastamento de 14 deputados após obstrução dos trabalhos legislativos

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitou o afastamento de 14 deputados da oposição por até seis meses, após uma ocupação da Mesa Diretora nos dias 5 e 6 de agosto de 2025, que paralisou as atividades legislativas.

Os parlamentares, em sua maioria ligados aos partidos PL, PP e Novo, promoveram a obstrução como forma de protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e para pressionar pela votação de uma anistia para os envolvidos nas invasões ocorridas em 8 de janeiro de 2023.

A Mesa Diretora, presidida por Hugo Motta, encaminhou denúncias contra os deputados à Corregedoria Parlamentar para análise. As possíveis sanções vão desde advertência até a suspensão do mandato por até seis meses. A decisão final caberá ao Conselho de Ética da Casa, responsável por julgar o caso.

Entre os deputados citados para possível afastamento estão Marcos Pollon (PL-MS), Zé Trovão (PL-SC), Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel van Hattem (Novo-RS), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Zucco (PL-RS), Allan Garcês (PP-TO), Caroline de Toni (PL-SC), Marco Feliciano (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Domingos Sávio (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ).

Vale destacar que a deputada Camila Jara (PT-MS), inicialmente envolvida em um episódio de agressão contra Nikolas Ferreira, não consta na lista dos deputados com pedido de afastamento.

O episódio gerou ampla repercussão política e jurídica, com críticas à paralisação das atividades legislativas e questionamentos sobre a legalidade dos atos dos parlamentares envolvidos, além do uso controverso de crianças em manifestações durante as ocupações.

Do Júnior Campos

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