Recife confirma primeira morte por chikungunya em 2023

Segundo a Secretaria de Saúde, vítima é um homem de 33 anos, morador do Ibura, na Zona Sul.

A fêmea do mosquito africano Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya — Foto: Freepik

Foi confirmada, neste sábado (25), a primeira morte por chikungunya no Recife em 2023. Segundo a Secretaria de Saúde do município, a vítima é um homem de 33 anos, que morava no Ibura, na Zona Sul da cidade.

De acordo com a secretaria, o homem, que tinha hipertensão e era cardiopata, morreu no dia 26 de fevereiro.

Ele foi atendido no dia 21 do mesmo mês, em uma unidade de saúde estadual com tosse seca, febre e sintomas gripais. Após o atendimento, foi liberado de volta para casa.

No dia seguinte, o homem voltou para a unidade de saúde apresentando tosse com sangue. Quatro dias depois, o quadro de saúde se agravou e ele foi transferido para um hospital da rede pública do estado, onde morreu.

Ainda de acordo com a prefeitura, após a coleta de amostra e discussão do caso com equipe técnica da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde do Recife, a morte foi confirmada por critério clínico laboratorial.

Dados

 

Em Pernambuco, de janeiro até 11 de março deste ano, foram registrados 257 casos de dengue e 65 de chikungunya, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde.

O número representa uma queda em relação aos três primeiros meses do ano passado, quando foram notificados 873 casos de dengue e 1.735 de chikungunya.

Riscos em época de chuva

 

O infectologista Felipe Prohaska afirmou que vários fatores devem ser levados em conta para aumentar o risco da disseminação da chikungunya

Em entrevista ao NE1, da TV Globo, o médico afirmou que a associação de clima quente com as chuvas, além do acúmulo de água, são problemas no Recife.

“Tem a questão da estrutura habitacional e a água acumulada nas ruas. Essa água acumulada favorece a proliferação do mosquito”, afirmou.

Além disso, a população deve evitar acumular água e lixo dentro de casa. “Se uma das casas ficar com água acumulada, é suficiente para a proliferação do mosquito”, declarou.

Perigo

 

Dados divulgados neste sábado apontam que os casos de dengue aumentaram em mais de 53% em todo o país, de janeiro a março, em comparação ao mesmo período do ano passado. Os números da chikungunya também não dos melhores.

Segundo o Ministério da Saúde, 53 mil casos prováveis foram registrados este ano. A taxa representa um aumento de 98% em relação ao número de casos no mesmo período de 2022.

G1

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