Caminhos de Lucinha Mota na política pernambucana
Após a romaria promovida por Lucinha Mota, mãe da pequena Beatriz Angelica Mota, 07 anos, assassinada, durante uma formatura, no Colégio Auxiliadora, com 42 facadas e depois colocada em uma sala recém incendiada, em Petrolina, se tornou assunto de nível nacional.
Mas, ninguém se faz nada sem interesse próprio, o que dar-se entender é que Lucinha Mota, busca uma grande rede apoio com o Caso Beatriz, para disputar as eleições.
De acordo com o jornalista, Magno Martins, que já comentou sobre o caso na coluna publicada nesta sexta-feira (13). Lucinha Mota é filiada ao PSOL, Lucinha Mota foi candidata a vereadora de Petrolina, em 2020, e disputou uma cadeira na Alepe em 2018. Teve boas votações, mas não conseguiu ser eleita.
O caso de Beatriz Mota, se passou mais de seis anos, não teve um inquérito justo, algumas imagens das câmeras de segurança que registrou todo o crime foram apagadas, depois restauradas.
Somente em ano eleitoral, na véspera de política, o Governo do PSB resolve desvendar o caso, e ainda trás uma “laranja”?
Após a pressão colocada por Lucinha ao Governo do Estado de Pernambuco, em menos de dez dias, a Secretaria de Defesa Social, apresenta o ‘suposto’ assassino, com uma ficha criminal extensa, preso no presídio de Salgueiro, Sertão Central, mas nesta manhã de terça-feira (11), foi transferido para uma unidade prisional de Petrolina, onde está em sela única.
O que se existe é “laranja”, pelo meio do caso, o verdadeiro assassino de Beatriz, está solto, com o apoio de Paulo Câmara (PSB), a mãe talvez consiga a federalização do caso.
Na cidade onde mora, esteve perto de assumir uma vaga na Câmara depois que o vereador Junior do Gás (Avante) foi cassado em primeira instância pela Justiça Eleitoral por fraude no registro de candidaturas para preencher a cota de gênero. Depois de afastado, ele conseguiu uma liminar.
Alguns partidos procuraram Lucinha para que ela se filiasse visando às eleições proporcionais deste ano. A dúvida é se ela disputaria uma vaga na Câmara Federal ou na Alepe.
O presidente estadual do PSOL, Tiago Paraíba, informou que a legenda segue aberta para a mãe de Beatriz. “A gente tem uma possibilidade de eleger um federal pela primeira vez e, na Alepe, nosso objetivo é ampliar a participação. A presença da companheira soma bastante às duas chapas”, avalia.
O suposto assassino de Beatriz
Apontado pela Polícia como o autor do assassinato, Marcelo da Silva, 40 anos, estava detido na cadeia pública de Salgueiro, no Sertão do Moxotó.
Desde 2008, acumula diversas prisões e condenações por crimes como roubo e estupro.
Em 2017, ele foi preso em flagrante por estupro em Trindade, no Sertão do Araripe.
Novos esclarecimentos do caso
O Ministério Público de Pernambuco também parece não ter se convencido da elucidação do caso. Coordenadora do Grupo de Atuação Conjunta Especial, a promotora Ângela Cruz requisitou novas diligências à polícia. Ela pediu novos depoimentos de testemunhas, reinquirições e que a ordem dos acontecimentos seja restabelecida e contraposta à versão do suspeito.
PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR – Você concorda com a versão do Caso Beatriz, apresentada pelo Governo de Pernambuco?
Do Nayn Neto