Cão morre nos braços da dona em virtude de apresentação dos bacamarteiros
A afogadense Aline Micheli relatou em suas redes sociais que seu cão, chamado Zeus, morreu em seus braços em virtude da apresentação dos bacamarteiros na Praça Arruda Câmara.
“Eu estava com ele no meu quarto, tentando protegê-lo, mas ele se tremia muito, não resistiu e faleceu nos meus braços. Nenhuma autoridade, governo municipal, não perceberam que esses tiros ensurdecedores prejudicam diretamente a vida dos animais? A dor que sinto pela perda do eu Zeus é muito grande”, disse em rede social.
Todos os anos há debate sobre a perturbação de sossego e problemas enfrentados por idosos, crianças, autistas e animais. A apresentação costuma ocorrer na Praça Arruda Câmara, em uma das áreas com maior densidade habitacional. Há residências a menos de 50 metros de onde ocorrem os tiros, que se propagam pela cidade.
O encontro é tradicional. Diversos grupos de bacamarteiros, de diversas cidades, encontram-se na manhã do dia de São Pedro. A tradição é tida como centenária. Após a concentração no início da avenida Rio Branco, os diversos grupos seguiram em cortejo, organizado pela Prefeitura de Afogados, em direção à Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios.
Na praça Arruda Câmara, a Prefeitura ofereceu um café da manhã a todos os brincantes, que em seguida se apresentaram ao público. Os bacamarteiros também estarão presentes no aniversário de Afogados, durante a alvorada, a partir das 6h, saindo cortejo em mesmo percurso.
Fogos de artifício, bombas juninas e tiros de bacamarte podem assustar e muito os cães. Isso acontece porque os animais possuem uma capacidade de ouvir muito mais potente do que a dos seres humanos. Em casos extremos podem ocorrer óbitos, como no casos do Zeus. Do Nill Júnior