Serra Talhada sofre com abandono da COMPESA: “Água some, mas a fatura chega certinha
Serra Talhada vive um colapso no abastecimento de água — e a culpa tem nome e sobrenome: Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA).
O que era para ser uma obra de ampliação do sistema hídrico se transformou em um retrato escancarado de incompetência, desorganização e total desrespeito com a população.
Moradores do Centro e bairros vizinhos convivem com dias seguidos sem uma gota d’água nas torneiras, mesmo com um calendário oficial que promete regularidade. Um cronograma que, na prática, é uma farsa. A água não chega, mas os transtornos, esses sim, vêm com força total: ruas destruídas, poeira, lama, entulhos e buracos tomando conta do centro da cidade.
E como se já não bastasse a seca imposta pela incompetência da COMPESA, tem mais: a conta chega — e chega pontualmente.
Todos os meses, nos dias exatos marcados para leitura, lá está a fatura na porta do morador. O detalhe? Valores absurdos, completamente incompatíveis com o que foi (ou não foi) consumido.
Inquilinos relatam cobranças de água em casas onde o fornecimento sequer existiu durante todo o mês. Famílias de baixa renda, obrigadas a improvisar com baldes e garrafões, estão recebendo cobranças de valores que beiram o ridículo.
A pergunta que não quer calar:
Como a COMPESA consegue medir consumo de um recurso que não está sendo entregue?
Como pode cobrar por algo que não chega nas torneiras há dias, semanas?
A resposta é clara: descaso, abuso e impunidade.
Enquanto a estatal se esconde atrás de promessas e silêncio, a população sofre com sede, frustração e uma rotina desestruturada. O comércio amarga prejuízos com a buraqueira, famílias se viram como podem, e a indignação só cresce.
A COMPESA deve uma explicação. E não é só uma. Deve respeito, transparência e principalmente, uma solução.
Do Blog Reporter Ligeirinho