Sertão em alerta: edital da Transnordestina reacende expectativas econômicas e políticas

Na sexta-feira, (31/10), o governo federal publicou o edital de licitação para retomar um trecho da Ferrovia Transnordestina em Pernambuco e rapidamente vieram as reações políticas: a governadora Raquel Lyra celebrou a conquista para o Estado, o prefeito João Campos definiu o projeto como estratégico para o desenvolvimento regional, e Danilo Cabral, ex-presidente da Sudene, ressaltou o impacto econômico e social da obra. No Sertão pernambucano, a expectativa econômica é real e há implicações claras para o cenário eleitoral de 2026.

O edital prevê o trecho Custódia–Arcoverde, com cerca de 73 km, e valor de referência de R$ 415 milhões. A publicação no Diário Oficial da União contou com a presença de autoridades federais e estaduais, marcando o retorno de Pernambuco ao eixo logístico da ferrovia no Nordeste.

HISTÓRICO E INVESTIMENTOS

A Transnordestina é um projeto antigo e complexo, com múltiplas fases e interrupções; surgiu em 1847, ainda no reinado de Dom Pedro II. Até o momento, o trecho de Salgueiro a Suape apresenta cerca de 38% de execução. Em termos de investimentos, o projeto ferroviário no Nordeste já consumiu cerca de R$ 14,9 bilhões, e este novo edital é apenas uma fase do esforço total de retomada.

 IMPACTO NO SERTÃO E POLÍTICA

A ferrovia cruza o interior de Pernambuco, incluindo o Sertão do Moxotó e o Agreste, impactando o município de Flores que faz divisa com Custódia. Para a região, a obra significa: Redução do custo de transporte até o litoral (porto de Suape); Potencial atração de indústrias e terminais de armazenagem; Geração de empregos (estimativa de 6.000 diretos e indiretos nesta fase).

Politicamente, a retomada da Transnordestina coloca Raquel Lyra, João Campos e o presidente Lula em evidência no cenário local e estadual. A governadora celebra a obra como vitória para Pernambuco: “Transnordestina é nossa”. Já o prefeito do Recife, João Campos enalteceu o gesto do presidente Lula:  “Tenho certeza que se não tivesse um presidente do nosso estado e um ministro do Nordeste à frente da Infraestrutura o dia de hoje não seria uma realidade”, disse. enquanto Lula, ao assinar o edital, busca mostrar compromisso com o Nordeste, fortalecendo alianças e influência na região de olho em 2026.

Do Júnior Campos

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